Monday, September 30, 2024

Capítulo 28 - Um fio de esperança

 Parte I: O Crepúsculo da Resistência

Na vastidão devastada de Krynn, onde o rugir incessante das hordas de Takhisis dominava os ventos e o céu, os últimos defensores da liberdade se reuniam. Mika, o mercenário marcado pelo aço das batalhas, caminhava entre seus aliados, sua mente perturbada pelo peso de um destino que ele não sabia se poderia suportar. Ele, que se entregara à paixão proibida por Laurana Kannan, oradora do Sol e líder dos elfos Qualinesti, agora enfrentava um dilema muito maior: o destino do próprio mundo estava em suas mãos. Ao seu lado, Foltr Opheras, um ogro Irda e mago da lua vermelha Lunitarii, cujas profundezas de magia arcana tremiam com o poder das estrelas. E completando o trio, Haldrin, general das montanhas de Thorbardin, cuja coragem forjada nas cavernas dos anões jamais vacilava, mesmo diante da morte. Velein cuidava da organização do exército ou o que sobrou dele nas profundezas da floresta.

O Tiamat da desesperança pairava sobre os corações de todos, enquanto as hordas de Takhisis avançavam com fúria. Eles possuíam a lendária Dragonlance, uma arma forjada para destruir deuses. Mas havia um problema: não havia ninguém puro o suficiente para empunhá-la contra a nefasta Rainha Dragão. O caos iminente os envolvia como um manto, e a hora do confronto final se aproximava.

Em sua busca desesperada por uma solução, os líderes dos exércitos da resistência convocaram uma reunião entre os anões de Thorbardin, os kargonesti, os elfos negros que viviam à sombra, os nobres Qualinesti, os selvagens Silvanesti e todos os demais aliados dispostos a enfrentar o terror. A proposta, incerta e audaciosa, tomou forma: uma sociedade seria criada para tentar algo impensável — convencer a própria deusa Takhisis a recuar.

Entre os convocados para essa missão impossível estavam Itatay, a herdeira dos Kargonesti; Mika, o relutante herói; Foltr, o mago atormentado pela dor do passado; Haldrin, o destemido general; e Tanis, o meio-elfo cujo coração era tão dividido quanto as raças que o compunham. Era um plano que poucos acreditavam ter qualquer chance de sucesso, mas na ausência de alternativas, não havia outra escolha.

Com a determinação de um exército à beira do abismo, Foltr liderou o grupo até Ladonna, a líder da ordem da lua negra Nuitarii, e Par Salian, o sábio e venerável líder da ordem da lua branca Solinari. Juntos, eles abriram um caminho para a fortaleza de Takhisis, onde o confronto final da negociação teria lugar.

Mas Takhisis, a deusa do caos e da destruição, não conhecia o significado da palavra misericórdia. Com olhos faiscando como brasas e sua presença dominando o ar, ela rejeitou qualquer tentativa de acordo. O destino dos heróis parecia selado, a morte certa pairava sobre eles enquanto a cabeça de Mika estalava sob os pés da deusa do mal. O chão tremeu sob o peso de suas forças, e suas almas estavam à beira da aniquilação.

Foi então que, no último momento, quando todas as esperanças haviam se esvaído, uma figura envolta em manto negro se ergueu das sombras — Raistlin Majere. Com seu poder além da compreensão mortal, ele salvou o grupo da destruição certa, arrastando-os para o fluxo do tempo. Eles foram levados para o passado, para um tempo onde Fistandantilus, o mais poderoso necromante da história, ainda vivia.

No passado, os heróis descobriram uma missão inesperada: Mika, o mercenário sem fé, deveria ser moldado em um paladino, digno de erguer a Dragonlance. Apenas ele poderia salvar Krynn no futuro, mas para isso, precisava de mais do que treinamento; ele precisaria da companhia de algo puro, algo que o lembrasse da bondade que o mundo ainda poderia oferecer. Foi então que Foltr, usando sua astúcia arcana, roubou um ovo dourado, um ovo que abrigava o último dragão puro de Krynn — um dragão dourado, símbolo de esperança.

Com o ovo em suas mãos, Foltr e seus companheiros retornaram à infância de Mika, onde o jovem mercenário cresceria não apenas como um guerreiro, mas como um homem de honra e justiça. Ao lado de Pipoca, o dragão dourado, Mika seria preparado para o confronto definitivo contra Takhisis.

No entanto, para Foltr, o passado trouxe mais do que apenas uma chance de vitória. Ele encontrou sua amada, aquela que ele havia perdido para sempre. Em seu coração, o conflito se agitou — ele poderia alterar o curso do tempo e salvá-la, ou deveria aceitar o destino que já fora selado?

Com o coração pesado e a sabedoria adquirida ao longo de muitas batalhas, Foltr decidiu não interferir diretamente no destino. Ele sussurrou uma única advertência a sua amada: "Fique longe dos ogros Irda." E com esse simples conselho, ele partiu, sem saber se havia mudado o curso de sua vida ou se o destino já estava marcado, imutável.


Almah, a falecida companheira de Foltr

Parte II: O Desfecho do Destino

Quando o grupo retornou ao presente, as peças do destino haviam se encaixado como esperado. Mika, agora um paladino da luz, erguia a Dragonlance com honra. Pipoca, o dragão dourado, já crescido, estava ao seu lado, pronto para enfrentar a escuridão. A resistência estava pronta para o confronto final com Takhisis, mas uma mudança sutil havia ocorrido. Laurana, a elfa cujo coração um dia pertencera a Mika, agora estava ao lado de Tanis, o meio-elfo, e não mais ao lado do paladino. O sacrifício de Mika pelo destino da luz veio ao custo de seu próprio coração.

Enquanto os exércitos da resistência se preparavam para a batalha final, Foltr se via novamente diante de um dilema. Ao retornar ao presente, ele encontrou o túmulo de sua amada — mas algo estava diferente. Onde antes havia o nome gravado na lápide, agora restava apenas uma pedra em branco, como se a própria história tivesse sido apagada do tecido da realidade.

Esatava ela realmente morta? Ou o curso do tempo havia sido alterado, criando um futuro incerto? Foltr não sabia. Mas enquanto observava a lápide vazia, uma sombra de esperança nasceu em seu coração solitário.

O destino de Krynn agora dependia de Mika, do sacrifício de Foltr, e do dragão dourado que se erguia ao lado deles. Haldrin reunia suas forças, Velein comandava a resistência. Takhisis aguardava, e o confronto final, onde a luz e a escuridão se entrelaçariam, estava prestes a começar. 



Pipoca, o dragão dourado



Capítulo 27 - Quem empunhará a Dragonlance?

 A rainha dragão Takhisis ganha a cada dia mais poder. A batalha final estava próxima.

Foltr Opheras, mago de alta feitiçaria vermelho, observava com preocupação os eventos se desenrolando em Krynn. Takhisis, a rainha dragão, expandia seu domínio com cada vez mais força, ameaçando engolir todo o mundo.

Em meio a esse cenário sombrio, um dragonrider negro chamado Dragonir atacou a cidade élfica de Qualinost. Solostaran Kannan, o orador do sol, e seu filho Gilthanas, pereceram no ataque. Foltr, junto com seus companheiros Mika e Haldrin, conseguiram finalmente abater Dragonir, mas o dano já estava feito.

Laurana Kannan, filha do rei élfico Solostaran, uniu-se a Mika em casamento, unindo as forças dos humanos e elfos em preparação para a batalha final contra Takhisis. Juntos, eles buscaram o apoio dos anões e de outros povos de Krynn.

Foltr voou até a torre dos magos brancos, onde conversou com sua líder, tentando forjar uma aliança crucial para banir a rainha dragão. Sabia que apenas unidos teriam uma chance de vencer essa ameaça que se aproximava inexorável.

A batalha final estava próxima, e Foltr sentia o peso da responsabilidade sobre seus ombros e nos de seus companheiros. Mas com a união de todas as raças de Krynn, talvez houvesse esperança de derrotar Takhisis e restaurar a paz em seu mundo atormentando.

Entretanto uma pergunta restava: quem empunharia a dragonlance definitiva contra a rainha dragão uma vez que nenhum cavaleiro de Solamnia restou?


Laurana decide ir à guerra pelo seu povo


Capítulo 26 - O Crepúsculo da Guerra da Lança

Capítulo I: A Revelação e o Destino

Nas profundezas sombrias da dungeon da guilda de ladrões de Moriah, em Mystara, três figuras destacam-se na penumbra dos corredores traiçoeiros: Khalin, o anão clérigo devoto da deusa do fogo Arda; Eldoran, o paladino das sombras; e Harik, o guerreiro anão de força inigualável. Eles desbravam os labirintos em busca de respostas sobre a misteriosa morte das princesas de Karameikos.

O que encontram é uma revelação terrível: o rei Stephan Karameikos, o monarca que todos acreditavam ser o protetor de seu reino, estava sob o controle de uma entidade sombria. O próprio rei, manipulado, fora o carrasco das princesas. Em um combate tumultuado, onde magia e aço se entrelaçam, o trio utiliza os instrumentos amaldiçoados do rei contra ele, desencadeando uma explosão mágica que os lança através dos planos, transportando-os para Krynn.

Capítulo II: Os Laços Forjados em Qualinost

Em Krynn, o destino dos heróis se entrelaça com o de novos aliados. Velein, o astuto ladrão; Haldrin, o herdeiro de Thorbardin; e Mika, o mercenário de coração indomável, capturam os viajantes inesperados e os conduzem à majestosa cidade de Qualinost. Lá, o Orador do Sol, um ser de imensa sabedoria, implora por ajuda. Sua filha, Laurana, está em coma, vítima de uma doença mágica devastadora.

Movidos pela compaixão e pela honra, os heróis aceitam a missão, emprestando suas almas para Velein, Mika e Haldrin, que partem em direção à Torre de Alta Feitiçaria, governada por Dragomir, um dragão verde cuja malignidade é tão profunda quanto a de Takhisis, a Rainha Dragão.

Capítulo III: A Batalha na Torre

Dentro da Torre de Alta Feitiçaria, o ar é denso com magia e terror. Dragomir, o dragão verde, avança com um rugido que ressoa como trovão, seu sopro venenoso espalhando desespero. A batalha é um frenesi de escamas, chamas e feitiçaria. Velein e Haldrin lutam bravamente, mas é Mika, o mercenário de aço, quem se ergue como o verdadeiro herói. Em um confronto brutal e desesperado, com o dragão quase o vencendo, Mika reúne sua última gota de força e desfere o golpe final, rompendo o ciclo de escuridão que o dragão representava.

Capítulo IV: O Retorno e a Reconciliação

Com a morte de Dragomir, os heróis retornam à cidade de Qualinost. Seus corpos, agora restaurados, são recebidos como campeões. O Orador do Sol, em um gesto de profundo reconhecimento, concede a Mika, Velein e Haldrin o título de elfos honorários de Qualinost, uma honra rara e venerada. Laurana, tocada pelo sacrifício e devoção de Mika, entrega-lhe seu coração e alma, proclamando seu amor em um ato de puro afeto.

Enquanto Velein se dirige a Palanthas para reunir os Cavaleiros de Solamnia e Haldrin retorna a Thorbardin para preparar os anões para o conflito iminente, Mika permanece em Qualinost, dividido entre seu amor por Laurana e o desejo de lutar pela justiça.

Capítulo V: O Crepúsculo da Guerra da Lança

Com o início da Guerra da Lança, o mundo de Krynn é tomado por uma série de batalhas épicas. As forças de Takhisis avançam, e o cenário está pronto para uma confrontação monumental. As tropas de anões, lideradas por Haldrin, e os Cavaleiros de Solamnia, convocados por Velein, se alinham para enfrentar o exército da rainha dragão.

No coração da batalha, Khalin, Eldoran e Harik se destacam, utilizando seus poderes e habilidades para reverter a maré do conflito. A batalha alcança seu clímax quando os heróis enfrentam a própria Takhisis. Em um confronto final que será cantado por gerações, eles lutam contra a rainha dragão e suas hordas, desferindo golpes de fúria e justiça.

Capítulo VI: A Vitória e o Legado

Com um último esforço titânico, os heróis conseguem derrotar Takhisis, sua queda marcada por um estrondo que ecoa pelos quatro cantos de Krynn. A paz retorna, e a vitória é celebrada como um renascimento. Mika e Laurana, agora unidos, encontram um novo propósito em sua união e em sua contribuição para a reconstrução.

Velein e Haldrin, reconhecidos por sua bravura e liderança, continuam a defender o mundo, enquanto Khalin, Eldoran e Harik voltam a Mystara, suas ações reverberando como lendas que transcenderam mundos. A deusa Arda sorri sobre seus devotos, e a memória dos sacrifícios e conquistas dos heróis se torna uma parte indelével da história de Krynn.

A paz é restaurada, e os heróis, cujos caminhos se cruzaram e cujas batalhas moldaram o destino de muitos, são celebrados como lendas cujas histórias serão contadas por muitas eras.


Os heróis da lança

EPÍLOGO: O FINAL DE CADA BUNEKO

  Epílogo Foltr Erguido como líder supremo da Ordem Lunitari, Foltr Opheras foi a ponte que restaurou a dignidade da magia em Krynn. Sob sua...