Sunday, November 10, 2024

EPÍLOGO: O FINAL DE CADA BUNEKO

 Epílogo

Foltr
Erguido como líder supremo da Ordem Lunitari, Foltr Opheras foi a ponte que restaurou a dignidade da magia em Krynn. Sob sua liderança, as Torres de Alta Feitiçaria passaram por uma profunda purificação, unindo o rigor do Conclave de Solinari (os magos brancos) e a astúcia de Nuitari (os magos negros). Com mãos firmes e coração equilibrado, ele erradicou a corrupção que outrora corrompera os conclaves, devolvendo às ordens de magos o esplendor da verdadeira sabedoria e justiça. As chamas de Lunitari arderam mais intensas sob o comando de Foltr, que guiou sua camarilha com lealdade ao equilíbrio.

Mika
Elevado a um reinado não oficial nas terras longínquas onde a lendária ilha de Sancrist repousara, Mika ergueu uma nova ordem, uma irmandade de guerreiros de alma nobre e indomável: A Ordem da Rosa. Inspirado pela antiga “Medida dos Cavaleiros de Solamnia” e por sua própria visão de justiça, Mika deu à nova ordem um código de moralidade que moldaria gerações de heróis. Ele recebeu das mãos espectrais de Lord Soth, em sua redenção, a lendária espada e armadura do próprio cavaleiro amaldiçoado, e foi guiado a uma cripta secreta onde repousava a última Dragonlance, escondida sob seu juramento para ser evocada apenas em um momento de absoluta necessidade.

Velein
Casado com sua antiga confidente, Aileen, Velein encontrou em Palanthas seu verdadeiro reino. No labirinto das ruas, tornou-se o soberano invisível do submundo, liderando a infame Ordem dos Filhos de Shinare. Ele controlava as informações, os segredos e a influência como um mestre do teatro oculto. Sob seu olhar vigilante, a cidade de Palanthas tornou-se um jogo cujas peças ele movia silenciosamente, protegendo o equilíbrio ao seu modo e mantendo as sombras em harmonia com a luz.

Haldrin
O nome de Haldrin foi entoado com honra em Thorbardin, e o rei das profundezas honrou sua linhagem Neidar, reconhecendo-o como herdeiro legítimo do trono dos anões. Haldrin assumiu a coroa e com ela o manto de sumo sacerdote de Reorx, guiando seu povo com a força e a benevolência dos antigos. Ele era o único digno de adentrar o recinto sagrado da forja divina, onde itens mágicos de poder incomensurável eram esculpidos pela benção do próprio deus dos anões. Sob sua regência, a lendária Dragonlance, arma que desafia o caos, pôde ser forjada uma vez mais, protegendo Ansalon com sua bênção e mística.

Isolde, a Anã Guerreira
Ao lado do novo rei Haldrin, a guerreira anã Isolde tornou-se chefe da guarda real de Thorbardin, devotando cada dia e cada batalha à segurança de seu rei e do reino. Valente, leal e de temperamento firme, ela se tornou uma lenda viva, o escudo protetor de Haldrin, tão forte quanto o aço forjado nas profundezas das montanhas.

Fadron, o Druida
Agora conhecido como o “Honorável Cervo do Amanhecer”, Fadron, o druida meio-elfo e amigo fiel de Laurana Kanan, tomou para si o manto de hierofante supremo das florestas élficas. Tornou-se o guardião silencioso dos bosques de Qualinesti e Silvanesti, unindo os elfos em uma harmonia esquecida. Raramente visto por olhos mortais, Fadron é mais que um druida: é um espírito guia, um oráculo para os aventureiros e guardião da vida selvagem e das antigas trilhas. A floresta sussurra seu nome, e aos corajosos que o buscam, ele concede o conhecimento dos segredos élficos que ecoam em Ansalon.

Assim, a Era do Desespero encontrou seu fim, e a Era dos Homens se iniciou sob uma nova alvorada de glória, magia e unidade em Krynn.



Capítulo 30 - O Fim da Era do Desespero

    A última reunião de Ansalon, um ajuntamento improvável, floresceu na densa floresta de Qualinost. Humanos, elfos silvanesti, qualinesti e kargonesti, kenders e anões, todos os povos livres ergueram suas bandeiras ao vento e fizeram de suas vozes um só grito, um último brado contra as forças draconianas de Takhisis, a Rainha Dragão. Ali, cercados pela espessa neblina de guerra e coragem, uma resistência final se erguia contra a escuridão iminente. Enquanto as batalhas eclodiam e as hordas draconianas avançavam, quatro heróis se lançaram em uma jornada além do campo de batalha. Foltr Opheras, o mago vermelho de Lunitari; Mika, o guerreiro de aço; Haldrin, o clérigo hierofante de Reorx; e Velein, o ladrão de Shinare, deixaram a resistência nas profundezas de Qualinost para caminhar até Istar, a lendária Cidade dos Deuses, com um objetivo ousado e quase insano: enfrentar Takhisis diretamente, esmagar a essência do mal em sua própria morada divina.

    Diante da rainha dragão, as palavras de sedução e poder de Takhisis ressoaram, prometendo que a destruição de Ansalon traria uma pureza nova e absoluta sob seu comando. Mas os corações dos heróis, temperados por aço e magia, eram firmes como rocha. Eles rejeitaram as palavras tentadoras e empunharam armas e feitiços, iniciando uma batalha de fúria e luz contra a própria deusa da escuridão.

No auge do confronto, uma nova figura surgiu na cena: Raistlin Majere, o mestre de Foltr, exibindo uma ambição inesgotável, ansiando pelo poder de Takhisis. Ele se lançou contra os heróis, desejando roubar o domínio sobre o mal para si, criando um turbilhão de caos e magia negra que ameaçava rasgar o tecido da própria realidade. Mas não foram apenas os aliados que sussurraram aos heróis; Fistandantilus, o antigo mago das trevas e velho mestre de Raistlin, alcançou telepaticamente Foltr e revelou a existência da Greystone de Gargath. Segundo ele, a Greystone abrigava a essência divina e caótica capaz de suplantar o poder de Takhisis. Apenas aquele que tomasse a pedra em suas mãos poderia realmente herdar o destino dela.

    A batalha que se seguiu foi lendária, um duelo feroz de magia e aço onde o céu de Krynn parecia vibrar e o chão de Istar tremer. Quando finalmente Takhisis caiu, um grito ancestral e poderoso ecoou pelos planos, e a Greystone de Gargath se apresentou, flutuando entre os destroços da deusa caída. Foltr, ainda ofegante, tocou a pedra e sentiu o influxo de poder escuro tomar seu corpo, sua mente, e quase o corroer até a alma. Cego pela maldade e pela sede de caos, ele se voltou contra seus próprios companheiros, ameaçando obliterá-los com sua nova força.

    Mas algo mais poderoso que o caos reinou em seu coração: a lealdade, o equilíbrio. Sabendo que, como mago de Lunitari, seu papel era manter a neutralidade, Foltr resistiu ao impulso sombrio e, com um grito de sacrifício e redenção, largou a Greystone. Juntos, os heróis decidiram que o único digno de um poder tão caótico seria Fistandantilus, o mago negro que já havia dançado com as trevas em eras antigas.

    Com o corpo mortal de Takhisis destruído para impedir seu renascimento e Fistandantilus instalado como o novo deus do caos, os heróis selaram o destino de Krynn, banindo a Era do Desespero. Dias depois, ao retornar para a Floresta de Qualinost, os povos livres os receberam em uma celebração grandiosa. A magia divina estava restaurada, os deuses retornaram, e o mundo foi envolto por uma nova paz. Krynn despertava para uma nova era, a Era dos Homens, onde os próprios mortais moldariam seus destinos, livres da sombra de Takhisis.

    E assim, enquanto o crepúsculo mergulhava o céu de Krynn em um dourado eterno, os heróis se reuniram uma última vez, se despediram uma última vez, saboreando a paz que haviam conquistado. E cada um deles, de seu próprio modo, gravou nos ventos da história o fim de uma lenda que jamais seria esquecida. 

Fim.

Paladine observa o fim da Era do Desespero e Volta dos Deuses

EPÍLOGO: O FINAL DE CADA BUNEKO

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